Como é bom fazermos o que gostamos!
Na passada semana, terminei a construção de uma casa de banho "seca" (compostável), para a nossa amiga e vizinha Sally!
Repliquei o mesmo modelo da que já tinha feito no nosso terreno, há cerca de 2 anos, que é muito simples e funcional, mas aproveitei também para introduzir elementos novos e torná-la ainda mais bonita e elegante.
E para além de tudo, ainda foi um processo recompensador e divertido :-)
Foi construída usando um maior número de materiais reciclados (como xisto, paletes, madeira de castanheiros queimados e telhas velhas) e um mínimo de materiais comprados (como OSB - que também resulta do aproveitamento de lascas de madeiras, ripas, parafusos e varões de ferro e roscados), não só para reduzir o seu custo, mas também o desperdício de materiais. Ainda não está completamente terminada, faltam apenas alguns pormenores que a Sally irá concluir aos poucos e a seu gosto, mas já está a funcionar!
Adorei todo o processo, desde o explorar da criatividade na utilização de materiais naturais e locais, ao interesse e participação da Sally na sua construção, bem como as conversas animadas sobre os mais variados temas da atualidade.
Nos últimos tempos, talvez fruto das grandes incertezas e desafios que vivemos (embora sejam sempre uma constante na Vida), tenho apreciado muito e reconhecido, mais e mais, o facto de estarmos a viver a vida que escolhemos e que cada vez mais gostamos. Parece um contra-censo, especialmente quando me lembro da necessidade de segurança que sempre procurei no passado, mas a verdade é que cada vez mais confio neste grande mistério que é a própria Vida!
Adoro a forma como vivemos, a família que somos, o que fazemos e o estarmos próximos de pessoas com quem partilhamos muitos dos principais valores, mesmo no seio de tão grande diversidade. Adoro também a forma como nos continuamos a entregar ao que ainda não conhecemos, descobrindo paixões, vivendo novas experiências e abraçando diferentes perspectivas e pontos de vista. Como diz o velho provérbio, "O caminho faz-se caminhando", e é tão libertador reaprender a caminhar sem um mapa rígido e limitado...
A Vida é mesmo Bela, quando confiamos, quando escolhemos viver o Amor em vez do medo e nos permitimos ir descobrindo o que quer acontecer através de nós...
Abraço muito grande e até já,
Ricardo